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 | 08/10/2008 04h56min

"Alguém paga a conta", diz Clemer

Falha contra o Coritiba leva o goleiro para a reserva

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

Novo goleiro titular, Lauro completa hoje 185 dias sem jogar. Sua última partida oficial foi em 6 de abril. O seu Sertãozinho perdeu por 1 a 0 para a Portuguesa, no Paulistão. Mas é ele o homem que toma o lugar de Clemer, subitamente de volta ao banco, em decisão assumida pelo técnico Tite.

Lauro, 28 anos, 1m93cm de altura, portanto, enfrenta o Goiás, sábado, às 18h20min, no Serra Dourada. A definição é de sábado, após a derrota por 4 a 2 para o Coritiba, no Couto Pereira. Mas Clemer só soube da mudança na manhã de ontem. O próprio Tite contou.

O preparador de goleiros Ilo Roxo não concedeu entrevista. E Clemer saiu do vestiário por último. Apareceu sério, cabisbaixo. Definiu a trapalhada com Índio, que provocou o primeiro gol do Coritiba, com uma frase.

— Alguém tinha que pagar a conta — disse, sem mais explicação.

Tite anunciou a mudança à tarde. Negou que a falha de Coritiba tenha sido a gota d’água. Enalteceu os treinos de Lauro e alegou que ele merecia oportunidade. O novo titular acredita que o melhor momento para entrar no time é na hora decisiva. Segundo ele, os mais de seis meses de inatividade não o atrapalharão.

— Se você é um goleiro novo, estreando, até encontra dificuldades. Com 28 anos, não — garantiu.

Clemer não relaciona a reserva com a futura renovação de contrato para 2009. E não tem medo de ser rotulado como o responsável pelo mau momento.

— Já passaram todos os Gre-Nais, o time não tem mais chance de cair para a Segunda Divisão. Dessa forma entrei na equipe e o time está aí, tranqüilo, com chances de Libertadores — falou, com os olhos marejados.

Lauro, porém, está fora dos 25 inscritos para a Sul-Americana. O Inter tem direito a mais duas mudanças na lista. Mas os novos nomes já deviam fazer parte do grupo no início da competição. Lauro chegou em 23 de agosto. O clube deve encaminhar o pedido especial à Conmebol.

— A confederação é mais flexível. Talvez aceite o pagamento de uma multa. É possível avaliar cada caso — explicou o vice jurídico do Inter, Luís Antônio Lopes.

 
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